Ismael Wanderley Gomes Filho nasceu
em João Pessoa, Paraíba, no dia 21 de
março de 1942, filho de Ismael Wanderley Gomes e de Maria Albertina Ribeiro
Wanderley.
Formou-se em direito pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN), em 1967.
Secretário-geral-adjunto do Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP) em 1985 e 1986, neste último ano
elegeu-se deputado federal constituinte na legenda do Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), assumindo seu lugar na Assembleia Nacional
Constituinte (ANC) em fevereiro do ano seguinte. Foi titular da Subcomissão de
Princípios Gerais, Intervenção do Estado, Regime da Propriedade do Subsolo e da
Atividade Econômica, da Comissão da Ordem Econômica, e suplente da Subcomissão
do Sistema Financeiro, da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças.
Votou contra o rompimento de relações
diplomáticas com países com política de discriminação racial, a pena de morte,
a demissão sem justa causa e a pluralidade sindical. Votou a favor da limitação
do direito de propriedade privada, do mandado de segurança coletivo, do aborto,
da jornada semanal de 40 horas, do turno ininterrupto de seis horas, do aviso prévio
proporcional, da unicidade sindical, da soberania popular, do voto aos 16 anos,
do presidencialismo, da nacionalização do subsolo, do limite de 12% ao ano para
os juros reais, da proibição do comércio de sangue, do mandato de cinco anos
para Sarney, da limitação para encargos da dívida externa, da criação de um
fundo de apoio para a reforma agrária, da anistia aos micro e pequenos
empresários, da legalização do jogo do bicho e da desapropriação da propriedade
produtiva. Ausentou-se na votação sobre a estatização do sistema financeiro. A
não ser por estas e outras ausências em votações importantes no segundo turno,
apresentou um desempenho inteiramente favorável às questões sociais.
Com a promulgação da nova Carta Constitucional em 5 de
outubro de 1988, voltou a participar dos trabalhos legislativos ordinários da
Câmara. Em 1989, saiu do PMDB e ingressou no Partido Trabalhista Renovador
(PTR), tornando-se líder da bancada deste partido na Câmara. Nas eleições de
novembro de 1990, concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados, mas não foi
bem-sucedido.
De 1991 a 1994, atuou como empresário no
setor agropecuário. Posteriormente, em 1995, passou a dirigir a Companhia de
Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte, no primeiro governo de Garibaldi Alves
(1995-1998). No segundo governo de Garibaldi (1999-2002), Ismael assumiu, em
fevereiro de 1999, a presidência da Companhia Potiguar de Gás (Potigás).
Em 2002, foi candidato a senador pelo
Partido Socialista Brasileiro (PSB), mas não conseguiu ser eleito. Neste mesmo
ano, foi um dos coordenadores da campanha de Vilma de Faria, do mesmo partido,
para o governo do Rio Grande do Norte. Vilma conseguiu ser eleita e nomeou
Ismael, em janeiro de 2003, secretário extraordinário de Articulação dos
Municípios. Ele permaneceu no cargo apenas até maio daquele ano. Segundo O Mossoroense, desde os primeiros meses do
mandato da governadora haviam surgido rumores sobre sua saída do governo. O
principal motivo que o havia levado a pedir exoneração do seu cargo teria sido
a falta de estrutura da secretaria que comandava. Porém, segundo o Jornal da Ciência, a governadora havia
indicado o nome de Ismael para integrar a direção da Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP), órgão integrante da estrutura do Ministério da Ciência e
Tecnologia, como parte da cota nacional do PSB no governo federal. A indicação,
contudo, não foi confirmada. Alguns anos depois, ele saiu dos quadros do PSB do
Rio Grande do Norte.
Em outubro de 2008, de acordo com
reportagem do Diário de Natal,
Ismael teria se aposentado da política e da carreira de advogado, passando a
atuar apenas como consultor jurídico.
Foi casado com ANA CATARINA LIRAALVES, com quem teve
três filhos. Sua ex-mulher exerceu o mandato de deputada federal de 1997 a 1999 e de 2000 a 2002.
FONTES: ASSEMB. NAC. CONST. Repertório (1987-1988); COELHO, J.
& OLIVEIRA, A. Nova; INF. BIOG;
Tribunal Superior Eleitoral. Eleições
2002; O Mossoroense (08/05/03); Diário de Natal (05/10/08); Jornal da Ciência (27/02/03); Tribuna do Norte (18/06/08).
FONTE – FGV